14 novembro 2009

Os Judeus na Lua



Os judeus chegaram na Lua no ano de 2053, cerca de 5 anos após o fim das Guerras Islâmicas nos anos 40, quando o Oriente Médio e Israel, claro, foram destruídos por armas nucleares.

Os dois milhões de judeus restantes ao redor do mundo – menos que 100.000 em todos os países islâmicos, se reuniram e com muito esforço adquiriram o lado escuro da Lua, o qual nenhuma outra empresa ou povo queria colonizar.

Grandes espaçonaves foram organizadas para a viagem de quase 385.000 km, e todo judeu na Terra – incluindo qualquer pessoa que afirmasse qualquer ascendência judaica, emigraram para um lugar onde ninguém os poderia culpar por nada.

O Planeta Terra festejou – felizes por terem se livrado dos judeus. Houveram imensas festas e feriados institucionalizados em vários países. Da Suécia até a África do Sul, da floresta Amazônica até o Himaláia, da Austrália até o Havaí... Europa, Ásia, Africa, Oceania, America do Sul, América Central e América do Norte (agora conhecida como a Aliança dos Estados Islâmicos do Norte, após os EUA terem sido pacificamente tomado nas eleições de 2040 por um presidente e Congresso predominantemente muçulmano, que imediatamente aprovaram emendas tornando o Islamismo a religião oficial dos EUA e do resto do mundo).

Após o último judeu embarcar na espaçonave (Jacó Levy, 62, antigo morador de São Paulo), a Terra foi oficialmente declarada Judenfrei por Hans Ibn Hitler, tataraneto de Hitler que cresceu no Brasil e foi escondido pelos nazistas até este precioso momento.

Não foi um passo fácil a ser tomado pelos judeus, mas de alguma maneira não era tão diferente de todas as mudanças e fugas nas eras anteriores. Alguns antigos israelenses (ainda vivos por estarem fora de Israel quando as bombas atômicas foram lançadas) diziam que a Lua seria mais fácil de ser colonizada por lá não existir muçulmanos extremistas. Claro que isso gerou muita discussão com outros judeus, que acreditavam que ter radicais muçulmanos por perto não poderia ser comparado com este novo desafio.

Outros judeus argumentaram que tornar uma vastidão árida e sem vida como a Lua em um lugar habitável já era um desafio suficiente.

E ainda outros judeus argumentaram que permanecer discutindo não resolveria nada e seria contraprodutivo. A construção de um milhão de sinagogas (para uma população de 2 milhões de judeus) não veio como surpresa. Metade da população não se afiliou a nenhuma sinagoga.

Também não foi surpresa quando após 3 anos de colonização, os judeus criaram um meio-ambiente sustentável que permitiu um fantástico crescimento na produção de animais e plantas. As espaçonaves que os transportaram ao solo lunar, chamados de Tevot – Arcas, também carregaram 2 espécies de cada animal e planta (lembram de Noé?) e através da genialidade dos judeus e com o auxílio de novas técnicas de clonagem, agora havia várias novas espécies de animais e plantas (todos kasher) que aceleraram a produção alimentícia.

A população cresceu rapidamente e, graças à incrível coleção de mentes científicas e médicas, várias doenças e até o envelhecimento foram reduzidos ao mínimo ou facilmente controlados.

Havia inclusive um ministério de comunicações com a Terra, consistindo de remanescentes de produtores e cinegrafistas de Hollywood, que enviavam à Terra retratos da vida na Lua. Claro que foi decidido assim que os judeus chegaram na Lua – baseado em 6000 anos de história de povos tendo inveja das realizações judaicas – que todas as novas reportagens sobre a população da Lua seria „cinematográfico“ para mostrar aos terráqueos apenas coisas horríveis. A indústria cinematografica, dirigida por Jordan Spielberg, se esforçou imensamente em produzir filmes que mostravam os judeus vivendo de forma precária na superfície lunar. Artistas e engenheiros trabalharam para cobrir o vasto sucesso ambiental com cúpulas mostrando imensas áreas baldias – para o caso de alguém da Terra mandar espaçonaves com câmeras para espionar. Na verdade a Terra nunca chegou a mostrar os documentários enviados, já que nenhma emissora de TV tinha interesse em relatar algo sobre o assunto. E os anos passaram rapidamente...

Uma década após outra, bar-mitzvás, casamentos, circuncisões... Todos celebrados no mundo artificial que os refugiados judeus criaram. Foram tão bem sucedidos, que no final do primeiro século de colonização, alguns sábios já estavam chamando a Lua de Eden Sheni (o Segundo Eden).

Claro que outros judeus discordaram. Na verdade, muito tempo foi gasto discordando. Haviam inclusive concursos anuais de debates, mas em geral havia paz. Qualquer um que ameaçasse a paz coletiva era forçado a participar de um concurso de debate com representantes do povo que argumentavam o porquê de aquela pessoa estar errada. O debate se estendia geralmente por 4 dias, às vezes semanas, até o causador de problemas implorar por perdão. Muitas penalidades na lua eram similares a esta, e se mostravam sempre eficientes.

De volta a Terra, assolada sem sem a presença judaica. A humanidade retrocedeu à mentalidade da Idade Média . Somente a religião dominante era válida. Todas as outras religiões eram mantidas sob uma legislação de miséria até romper uma nova guerra e tomarem o poder por alguns anos.

Outra anomalia surpreendente apareceu quando os judeus já não habitavam mais a Terra – O Antisemitismo cresceu em proporções gigantescas! Oradores e escritores famosos explicavam isso simplesmente dizendo: Eu não preciso portar uma arma para ter medo de ter minha cabeça „baleada“. Em referência ao medo existente de uma possível invasão e dominação judaica na Terra.

Adicionalmente, sem a presença judaica na Terra, o mundo desenvolveu um estado de maldade sem prescendentes. O Mal, que até então sempre havia sido relacionado à presença judaica, tornou-se trivial e crescente, mesmo sem a presença dos judeus. Um rabino na Lua disse certa vez que D-us havia falado com ele dizendo estava prestes a destruir a Terra, pois todos na Terra tinham se tornado maus. O rabino implorou à Ele, pedindo para reconsiderar Sua decisão e negociando caso houvessem 1.000 pessoas boas na Terra, D-us pouparia seus habitantes. Então D-us falou ao rabino: „Hey! Essa história eu já conheço! Já passei por isso com Abraham e Noé, e eu já sei a resposta pois Eu Sou D-us.“

As pessoas riram do rabino, mas então, certo dia, enquanto todos os habitantes da Lua estavam ocupados em seus negócios, uma enorme série de explosões foi vista na Terra. Todos na Lua puderam observar as distantes bolas de fogo que pareciam devorar o planeta azul que certa vez os serviu de moradia.

Mesmo com um grande remorso por terem sido forçados à abandonar a Terra, o verdadeiro espírito judaico sempre esteve presente na Lua, e nenhum de seus habitantes desejava ver a destruição de sua antiga morada, a Terra. Assim como na tradição do Sêder (quando o vinho é despejado por causa dos egípcios que pereceram e nós não regozijamos com a calamidade alheia) quando os judeus viram o que estava acontecendo, eles começaram a chorar e orar, e assistiam o que estaria sendo as últimas notícias enviadas da Terra.

O horror do Apocalipse foi filmado por câmeras até a eletricidade ser ionizada pelas novas bombas de elétrons. Continentes inteiros desapareceram num piscar de uma explosão de Ion. E então veio a transmissão final do país que iniciou toda esta desgraça – era uma manchete onde centenas de jornalistas gritavam desesperadamente. A notícia durou até tudo escurecer. E o que eles gritavam? Enquanto os judeus assistiam, alguns se assustaram, outros choraram e alguns poucos até riram. Pois as últimas palavras da civilização que estava desaparecendo da face da Terra foram uma condenação. „Os judeus causaram todos os nossos problemas! Eles nos abandonaram para enfrentarmos sozinhos a desgraça que eles construíram. Se os judeus não tivessem levado nossos melhores cientistas e engenheiros, poderíamos ter-nos defendido de nossos inimigos. Nossos inimigos são os judeus! Matem os judeus!“.

Demorou pouco para que o Antisemitismo que havia crescido cada vez mais desde que os judeus haviam saído de lá, chegasse ao ápice e então todas as nações sobreviventes da Terra decidiram lançar um ataque nuclear massivo à Lua.

O ataque foi coordenado pelas Nações Unidas e, mesmo tendo os mísseis sido lançados corretamente, houve um tipo de curto-circuito no sistema de guiagem, resultando numa colisão de todos os mísseis na estratosfera e banhando a Terra com uma chuva mortal de fogo nuclear, destruição eletrônica e causando a morte de seus últimos sobreviventes.

Os judeus na Lua entraram em um período de profundo luto. Os ortodoxos rasgaram suas roupas e jejuara. Houveram proclamações públicas de Kadish (reza dos enlutados) e celebrações foram proibidas durante semanas.

E então, uma semana após o Grande Dia, como estava sendo agora chamado, foi detectada a presença de algo se aproximando da Lua. Será que um dos mísseis havia escapado? Os judeus seriam finalmente destruídos? Os líderes se reuníram com os especialistas de defesa e descobriram que não se tratava de um míssel. Era um foguete tripulado, um modelo antigo que a NASA já não usava a décadas. Enquanto se aproximava, os canhões de laser foram postos em posição de defesa. Debates foram iniciados sobre a questão de destruir a nave que se aproximava ou permitir que a tripulação se aproximasse o suficiente da Lua para permitir um contato.

Uma mensagem da nave chegou a tempo. Dizia „Nós somos os últimos representantes da Terra – dois de cada país e nós viemos em paz.“ Alguns judeus se alegraram por ainda haver sobreviventes enquanto outros judeus pediram pelo isolamento dos terráqueos e algns outros solicitaram até a morte do grupo que se aproximava.

O rabino que havia tido a visão da destruição da Terra disse aos líderes que D-us queria que os terráqueos tivessem uma nova chance, então receberam a permissão de entrar na órbita lunar. Quando lhes foi dito que poderiam receber um terreno na lua para morarem, plantarem e construirem sua própria cidade, os terráqueos ficaram tristes. Disseram aos judeus que eles deveriam ter permissão de viver entre os judeus e ter os mesmos privilégios, porquê, apesar de tudo, no judaismo, ao estrangeiro é dado o direito de ter os mesmos privilégios de um israelita.

Após ouvirem isso, os líderes se dirigiram ao rabino que teve as visões, e ele ofereceu guiar os novos imigrantes à sua nova casa. Os lideres permitiram que o rabino desse as instruções de pouso à nave. O comandante da nave, acreditando que as instruções de pouso do rabino se tratava de uma cilada, resolveu desobedecer as ordens recebidas e acabou colidindo com uma cratera.

E assim temos as crônicas dos últimos dias da humanidade sobre a face da Terra, que foi generosamente compartilhada conosco através da colônia judaica do 453° Sistema Solar da Galáxia M. Ainda que a Terra ainda esteja atualmente inabitável, o engenheiro chefe da Colônia Judaica de Marte disse em recente entrevista que Vênus estará totalmente colonizada até o ano de 2120, e com reflorestamento contínuo, a Terra poderá mais uma vez estar preparada para o retorno dos judeus de outros planetas à partir do ano de 2239 (no calendário judaico, ano 6000).
Uma nota interessante. Entre os destroços do foguete com os sobreviventes da Terra havia um pacote especialmente marcado que pode ser recuperado. Nesse havia uma placa com o seguinte texto: „Certa vez houve um grande planeta chamado Terra. E neste planeta viviam vários povos. E estes povos sempre conviveram pacificamente uns com os outros, exceto os judeus. Onde existiam judeus, existiam problemas. Os judeus trouxeram doença e morte, ódio e guerra. Eles finalmente foram banidos de nosso planeta, e como vingança levaram com eles os nossos melhores inventores, cientistas, médicos e intelectuais, deixando o Planeta Terra sem nada. Decidimos destruir então os remanescentes desse povo, e já que a primeira tentativa falhou, nós somos a última chance da Terra em fazê-lo. Aquele que encontrar esta placa saberá a verdade – A culpa é dos judeus!“.

Esta placa foi salva e está em exposição no Museu Memorial da Terra, na cratéra Rivka, NW, para todos os viajantes que queiram ver os resquícios de uma civilização que não entendeu as palavras „Aquele que abençoar os judeus, ele próprio será abençoado, e aquele que amaldiçoar os judeus, ele mesmo se amaldiçoa.

Shalom.

08 novembro 2009

L'azazel!


Em um post mais antigo, já escrevi sobre dois nefilim (caídos) chamados respectivamente 'Aza e 'Azael (עזה e עזאל), os quais foram aprisionados na Terra (junto com Azazel) como punição por terem ensinado "magia" e táticas de guerra aos terráqueos. 'Azazel (עזאזל) é conhecido como o Chefe do Se'irim (demônios com a aparência de bode, ou peludos como o próprio nome diz) e de acordo com textos místicos, está aprisionado no Deserto de Dudael e lá permanecerá até o dia de seu julgamento.


Hoje em dia não sabemos dizer a exata localização desta área denominada Dudadel. Porém, todo ano no dia de Yom Kipur, o Sumo Sacerdote enviava ao deserto do Negev um bode destinado à Azazel, como expiação pelos atos de 'Aza e 'Azael (Yoma 67b), daí surgindo o termo "bode expiatório".


A cidade de Gaza (em hebraico עזה, em árabe غزة), localizada na borda do Negev, tem coincidentemente o mesmo nome de um desses nefilim aprisionados e sabemos que pela tradição as cidades recebiam os nomes de personalidades, fatos históricos ou entidades relacionados ao local. O Zohar (3:212a), quando conta como Bila'am aprendeu magia negra, dá detalhes do local e descrições de um "guia" que levou Bila'am até 'Aza, com quem aprendeu segredos de feitiçaria. As descrições deste "guia" são bem parecidas com a figura estampada no atual brazão da Cidade de Gaza.


Então, quando você disser pra alguém לך לעזאזל (Lech L'azazel!!!, Vai se ferrar!!!) lembre-se que você provavelmente estará dizendo para a pessoa se dirigir à Cidade de Gaza, o que não deixa de ser algo ruim... :-) Não esqueça também de mandar a pessoa levar um bode, por precaução!

06 novembro 2009

Raelianismo?!?!?!



Vocês já ouviram falar numa seita chamada Raelianismo?

Pois bem, agora um tal de Leon Mellul, intitulado Diretor de Assuntos Semíticos da Igreja Raeliana e Grão Rabino (hahaha) da vertente judaica dos raelianos, resolveu dizer que o tal de Rael (nascido Claude Vorilhon) é o Mashiach!

Este pseudo-rabino diz ter como provar que o Eterno é um ser alienígena, e que pra isso ele usa como base as escrituras sagradas... O interessante são as referências bibliográficas que este "rabino" oferece, como um livro chamado Kabalah (virou livro e eu não sabia) e outro chamado Yom Kipur (não sei se ele se refere ao machzor de Yom Kipur ou a algum livro de banca de revista).

Apesar de usarem simbologia, rituais e termos judaicos, essa seita está à milhares de anos-luz longe de ter algum vínculo com o judaísmo. Deturpam as leis de kashrut, baniram as leis de tsniut (inclusive incentivam a promiscuidade e liberação sexual) e o que é pior: Praticam abertamente Chilul Hashem (Profanação do Nome Divino).

Daí vem a pergunta do leitor: Este blog não fala sobre as mesma coisas do Raelianismo, na questão alienígena?


Sim e não!


A existência de vida extraterrestre, as possíveis influências alienígenas no decorrer da história da humanidade e as possíveis relações entre seres humanos com seres de outros planetas não tornam, de maneira alguma, o Eterno em um simples cientista intergaláctico (chas veshalom), como os seguidores do raelianismo acreditam. Todos os posts deste blog são baseados na literatura judaica, sem tirar e nem acrescentar nada. Desta forma, não afirma em momento algum a inexistência Divina ou diminui a Divindade em qualquer maneira. Na verdade, a única intenção deste Blog é entreter o leitor (judeu ou não), com um pouco de humor judaico-cibernético-galáctico.

O raelianismo é mais uma prova de que misturar verdades com fatores esquizofrênicos pode resultar em mentiras muito bem contadas e o que é pior: pode levar outras pessoas ao erro.