30 outubro 2009

A fórmula da vida


Vinte e duas letras de Fundação: Ele as gravou, esculpiu, permutou, pesou, transformou, e com elas Ele descreveu tudo o que formou e tudo o que seria formado.

Sefer Yetsirá, 2:2

O Sefer Yetsirá, de uma forma mística, nos fornece a melhor aula de biogenética até hoje escrita.

As 22 letras do alfabeto hebraico, com as quais o mundo e todas as formas de vida foram formadas podem "coincidentemente" ser relacionadas com os 22 aminoácidos conhecidos pelos cientistas, que servem como base para a existência de vida.

Além disso, o Sefer Yetsirá divide as 22 letras do alfabeto hebraico em 3 categorias distintas:


3 Mães

7 Duplas

12 Elementares


Os aminoácidos e códons de pontuação possuem várias propriedades químicas pelas quais podem ser classificados, mas a propriedade mais simples descreve como se comportam em seu ambiente líquido da célula. Os aminoácidos podem ser descritos tanto como hidrofóbicos (que não gostam de água) ou hidrofílicos (que gostam de água).


12 aminoácidos são hidrofílicos: Serina, Treonina, Tirosina, Histidina, Glutamina, Cisteina, Asparagina, Arginina, Aspartato, Glutamato, Lisina, Glicina.

8 aminoácidos são hidrofóbicos: Valina, Isoleucina, Prolina, Leucina, Fenilalanina, Triptofano, Alanina, Metionina.


Já que a Metionina também serve para marcar o ponto de partida para tradução do filamento de mRNA, podemos colocá-lo na categoria de "Pontuação", junto com os 2 grupos de códons de parada. Por isso, os 64 códons do código genético, os que codificam aminoácidos e os que servem como "Pontuação" (pontuação inicial e de parada), podem ser postos no mesmo número de categorias com o mesmo número de itens em cada um, como as letras do alfabeto hebraico.


Assim teremos:


3 Grupos de Pontuação _ 2 de parada e 1 de partida (Metionina)
7 Aminoácidos Hidrofóbicos
12 Aminoácidos Hidrofílicos

Apenas uma coincidência? Provavelmente não. Há vários relatos de rabinos que, utilizando dos conhecimentos ensinados no Sefer Yetsirá, criaram seres (Golem) com o uso de permutações das letras do alfabeto hebraico. O caso mais famoso de todos foi do Rabino Yehuda Loew ben Bezalel, antigo rabino da cidade de Praga no século XVI.

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