A Torre de Babel

Alguns místicos kabalistas dão explicações incomuns e intrigantes sobre a Torre de Babel. De acordo com Menachem Sioni um italiano comentarista da Torah do século XV, a Torre era uma nave voadora funcional, que funcionava a base de algum poder mágico ou tecnologia; esta nave foi originalmente criada para fins sagrados, mas foi depois erroneamente usada com a intenção de controlar o mundo todo (Sefer Tsioni, pág. 9, Noach),. Isaac de Akko ( יצחק בן שמואל דמן עכו, séc. XIII-XIV) escreveu que os construtores da "Torre" planejavam alcançar a distância de 2.360.000.000 parsas ou 9-10 bilhões de kilometros acima da Terra, ou até às margens do nosso Sistema Solar, incluindo também alguns planetas extra-solares. Anotações similares também podem ser encontradas nos escritos de Jonathan Eybeschutz (antigo rabino de Hamburg, 1690 - 1764) e o antigo livro Berit Menucha, os quais atestam que os construtores da Torre planejavam equipá-la com um escudo [magnético] e poderosas armas. Muitos kabalistas acreditam que povos antigos possuíam conhecimento "mágico" [/tecnológico] adquirido através dos Nefilim, que os permitiu construir tão poderosos engenhos. Além do mais, de acordo com alguns comentários no Talmud , os conselheiros do Rei David e Rei Salomão (Doeg e Achitofel) possuíam um manual para a construção de uma torre como essa.

De acordo com Josephus e Midrash Pirke deRabi Elazar 24, Nimrod convenceu seus contemporâneos à construirem esta "torre voadora" para lutar contra o Criador nos céus (Talmud Sanhedrin 109a; Midrash Pirke deRabi Elazar 24). É dito que eles decidiram levar o projeto adiante ao verem que suas flexas lançadas para o alto retornavam sujas de sangue, de forma que a população realmente acreditou que eles poderiam guerrear contra os habitantes dos céus (Sefer haYashar, Noah, ed. Leghorn, 12b). De acordo com outros textos cabalísticos, um terço dos construitores da Torre foram punidos ao serem transformados em várias criaturas semi-demoníacas e foram banidos para três diferentes dimensões paralelas, atualmente habitadas por seus descendentes.